A CRÍTICA E A VISÃO SOCIAL POR MEIO
DA POESIA
RESUMO
O
objetivo deste trabalho é demonstrar por meio dos Poemas “Num Bairro Moderno” e “Difícil
Ser Funcionário” o quanto a poesia pode
aproximar-se da realidade e do cotidiano, porém, por meio de uma linguagem
fácil, acessível, objetiva e livre dos rigores métricos, independente das
características próprias, descritas para cada período literário, como é o caso
de Cesário Verde.
PALAVRAS-CHAVE:
Contraste Social, crítica e visão Social, Modernismo, Realismo, Cesário Verde,
João Cabral de Melo Neto, poesia portuguesa e brasileira.
A Poesia Retratando o Cotidiano e
as Questões Sociais
O
objetivo deste trabalho é demonstrar por meio dos Poemas “Num Bairro Moderno” e “Difícil
Ser Funcionário” o quanto a poesia pode
aproximar-se da realidade e do cotidiano, porém, por meio de uma linguagem
fácil, acessível, objetiva e livre dos rigores métricos, independente das
características próprias, descritas para cada período literário, como é o caso
de Cesário Verde.
Os
dois poetas retratam realidades distintas, pois, Cesário Verde aborda em suas
obras diferenças da vida no campo e na cidade e a relação com a mulher, já João
Cabral de Melo Neto, aborda questões do dia-a-dia, porém com uma linguagem mais
barroca, também descrita como metalinguagem, todavia, ambos deixam de lado o
romantismo e subjetividade e passam a valer-se de questões mais sólidas,
descritivas, presentes na sociedade.
Os
poemas selecionados deixam claro ao leitor a descrição da realidade, no trecho
de “Difícil Ser Funcionário”, João Cabral de Melo Neto aponta as
características do trabalho burocrático, típico dos grandes escritórios dos
centros urbanos, que suprimem a qualidade de vida das pessoas, já na obra “Num
Bairro Moderno”, embora sem a crítica social do primeiro poema, trata-se da
descrição do autor para o bairro que percorre enquanto dirige-se para o
trabalho, outro traço díspar com poema de João Cabral de Melo Neto é que
Cesário Verde descreve o bem-estar e a qualidade de vida naquele bairro
Burguês, são realidades distintas sim, mas refletem a imagem social e
permitiram as pessoas da época se “enxergar” se “identificar” com a imagem
descrita em cada poema.
O Cotidiano de Cesário Verde e a Poética Anti-romantica de João Cabral de Melo Neto
Observa-se
que existe um lapso temporal considerável entre os autores relacionados no
presente artigo, além do fato de estabelecer relações entre um poeta português
e outro brasileiro, ambos são precursores na “transgressão” dos parâmetros e
formas poéticas pré-estabelecidas pelo movimento literário romântico.
Quanto
a Cesário Verde, não obstante seu reconhecimento maior vir após sua morte, por
meio da publicação “O Livro de Cesário
Verde” de Silva Pinto, sua poesia é considerada trânsito entre o Romantismo
e o Realismo, bastante influenciado por Baudelaire, herdou a atitude lírica
diante da realidade, diferenciando-se no drama, em melhores palavras Massaud
Moises descreve a poesia de Cesário Verde como:
“Parcialmente
ligada a poesia ‘realista’ está a poesia do cotidiano. Por essa denominação
se entende a preocupação não-consciente nem programática de infringir as
tradicionais regras do jogo estético (que implicam um conceito de nobreza
artística e a aceitação duma tábua rígida de valores) e de considerar dignos de
atenção e fixação os aspectos da realidade considerados até então a-poéticos
ou, pelo menos, a-líricos.” Grifos nossos. (1969, p. 207).
Por
conseguinte, João Cabral de Melo Neto exalta em sua poesia um ideal de
simetria, díspar de inspiração, aliado a organização textual e rigor em sua
construção, além de uma poética anti-romântica e sociológica, posto que
construiu poemas descrevendo com objetividade fatos da realidade, explicitando
grande preocupação principalmente com a miséria nordestina.
Neste
ínterim, ambos os poetas assumem posturas críticas e de reflexão social, pois
descrevem a realidade de maneira díspar aos padrões poéticos pré-estabelecidos,
Cesário Verde, em suas três fases, projeta na descrição do cotidiano sua visão
interior, estabelecendo elo entre seu drama e a poesia, já João Cabral de Melo
Neto, também descreve a realidade do cotidiano, porém, com sem qualquer
subjetividade, com expressivo olhar crítico e rigor na construção e linguagem
poética.
Análise
dos Poemas
“Num Bairro Moderno” (A Manuel
Ribeiro)
Dez horas da manhã; os transparentes
Matizam uma casa apalaçada;
Pelos jardins estancam-se as nascentes,
E fere a vista, com brancuras quentes,
A larga macadamizada.
Rez-de-chaussé repousam sossegados,
Abriram-se, nalguns, as persianas,
E dum ou doutro, em quartos estucados,
Ou entre a rama dos papéis pintados,
Reluzem, num almoço as porcelanas.
Como é saudável ter o seu conchego,
E a sua vida fácil! Eu descia,
Sem muita pressa, para o meu emprego,
Aonde agora quase sempre chego
Com as tonturas duma apoplexia.
E rota, pequenina, azafamada,
Notei de costas uma rapariga,
Que no xadrez marmóreo duma escada,
Como um retalho de horta aglomerada,
Pousara, ajoelhando, a sua giga.
E eu, apesar do sol, examinei-a;
Pôs-se de pé; ressoam-lhe os tamancos;
E abre-se-lhe o algodão azul da meia,
Se ela se curva, esguedelhada, feia
E pendurando os seus bracinhos brancos.
Do patamar responde-lhe um criado:
"Se te convém, despacha; não converses.
Eu não dou mais." E muito descansado,
Atira um cobre ignóbil oxidado,
Que vem bater nas faces duns alperces.
Subitamente - que visão de artista! -
Se eu transformasse os simples vegetais,
À luz do Sol, o intenso colorista;
Num ser humano que se mova e exista
Cheio de belas proporções carnais?!
Bóiam aromas, fumos de cozinha;
Com o cabaz às costas, e vergando,
Sobem padeiros, claros de farinha;
E às portas, uma ou outra campainha
Toca, frenética, de vez em quando.
Matizam uma casa apalaçada;
Pelos jardins estancam-se as nascentes,
E fere a vista, com brancuras quentes,
A larga macadamizada.
Rez-de-chaussé repousam sossegados,
Abriram-se, nalguns, as persianas,
E dum ou doutro, em quartos estucados,
Ou entre a rama dos papéis pintados,
Reluzem, num almoço as porcelanas.
Como é saudável ter o seu conchego,
E a sua vida fácil! Eu descia,
Sem muita pressa, para o meu emprego,
Aonde agora quase sempre chego
Com as tonturas duma apoplexia.
E rota, pequenina, azafamada,
Notei de costas uma rapariga,
Que no xadrez marmóreo duma escada,
Como um retalho de horta aglomerada,
Pousara, ajoelhando, a sua giga.
E eu, apesar do sol, examinei-a;
Pôs-se de pé; ressoam-lhe os tamancos;
E abre-se-lhe o algodão azul da meia,
Se ela se curva, esguedelhada, feia
E pendurando os seus bracinhos brancos.
Do patamar responde-lhe um criado:
"Se te convém, despacha; não converses.
Eu não dou mais." E muito descansado,
Atira um cobre ignóbil oxidado,
Que vem bater nas faces duns alperces.
Subitamente - que visão de artista! -
Se eu transformasse os simples vegetais,
À luz do Sol, o intenso colorista;
Num ser humano que se mova e exista
Cheio de belas proporções carnais?!
Bóiam aromas, fumos de cozinha;
Com o cabaz às costas, e vergando,
Sobem padeiros, claros de farinha;
E às portas, uma ou outra campainha
Toca, frenética, de vez em quando.
E eu recompunha, por anatomia,
Um novo corpo orgânico, aos bocados.
Achava os tons e as formas. Descobria
Uma cabeça numa melancia,
E nuns repolhos seios injectados.
As azeitonas, que nos dão o azeite,
Negras e unidas, entre verdes folhos,
São tranças dum cabelo que se ajeite;
E os nabos - ossos nus, da cor do leite,
E os cachos de uvas - os rosários de olhos.
Há colos, ombros, bocas, um semblante
Nas posições de certos frutos. E entre
As hortaliças, túmido, fragrante,
Como dalguém que tudo aquilo jante,
Surge um melão, que me lembrou um ventre.
E, como um feto, enfim, que se dilate,
Vi nos legumes carnes tentadoras,
Sangue na ginja vívida, escarlate,
Bons corações pulsando no tomate
E dedos hirtos, rubros, nas cenouras.
O Sol dourava o céu. E a regateira,
Como vendera a sua fresca alface
E dera o ramo de hortelã que cheira,
Voltando-se, gritou-me prazenteira:
" Não passa mais ninguém! ... Se me ajudasse?! ..."
Eu acerquei-me dela, sem desprezo;
E, pelas duas asas a quebrar,
Nós levantámos todo aquele peso
Que ao chão de pedra resistia preso,
Com um enorme esforço muscular.
(...)
E pitoresca e audaz, na sua chita,
O peito erguido, os pulsos nas ilhargas,
Duma desgraça alegre que me incita,
Ela apregoa, magra, enfezadita,
As suas couves repolhudas, largas.
E, como as grossas pernas dum gigante,
Sem tronco, mas atléticas, inteiras
Carregam sobre a pobre caminhante,
Sobre a verdura rústica, abundante,
Duas frugais abóboras carneiras.
O poema é
exemplificativo de um dos traços característicos da poesia de Cesário Verde - a
deambulação. O poeta percorre o bairro enquanto se dirige para o emprego e
é o seu olhar que, como uma "câmara", vai focando vários planos. Note-se
que tanto estes pormenores do espaço interior como as referências anteriores a
elementos do espaço exterior sugerem bem-estar, o conforto que se vive neste
bairro moderno e burguês; o poeta explicita-o ao introduzir com um comentário
pessoal a terceira estrofe - "Como é saudável ter o seu conchego / E a
sua vida fácil!" Esta idéia de conforto é sugerida não só pelas
referências objetivas como pela linguagem expressiva utilizada, nomeadamente
por verbos e adjetivos: "com brancuras quentes"
- sinestesia, "Rez-de-chaussée repousam sossegados"
- hipálage - transfere-se para as casas o ambiente de tranquilidade que
se vive no seu interior e que é acentuado pela associação pleonástica do verbo
"repousar" e do adjetivo "sossegado", "Reluzem,
num almoço, as porcelanas."
O brilho que emana
das louças é um dos elementos que confere visualismo a esta descrição. O
motivo do olhar domina a composição: "Matizam", "fere
a vista", "Reluzem", "Notei", "examinei-a",
são elementos lexicais que confirmam a importância que a percepção visual detém
no poema. Nas estrofes IV e V o poeta refere-se à vendedora como se o seu olhar
se fixasse sobre uma imagem da qual o poeta destaca aquilo que visualmente o
impressiona - "uma rapariga / Que no xadrez marmóreo duma escada,
/ como um retalho de horta aglomerada, / Pousara, ajoelhando,
a sua giga." Nota-se o forte contraste visual (sugerido) entre o
branco e o negro, dispostos em xadrez, e o colorido das frutas e legumes que
estão dentro da cesta. A esta associa-se outras sensações. Ainda na quinta
estrofe é o som que vem completar o quadro -"ressoam-lhe os tamancos";
na oitava estrofe a associação de sensações - sinestesia- é o processo
através do qual o poeta transmite a sua visão impressionista da
realidade - "Bóiam aromas, fumos de cozinha;" (olfato),
"Com a cabaz às costas, e vergando, / Sobem padeiros, claros de
farinha;" (visão), "E às portas, uma ou outra campaínha
/ Toca, frenética, - hipálage - de vez em quando."
(audição).
Os "padeiros",
a "regateira" são tipos sociais característicos do
espaço urbano descrito. Gente do povo, contrastam com a imagem elegante,
requintada do bairro burguês. A subjetividade do poeta está presente em
expressões como as da sexta estrofe em que o criado (um outro tipo social),
"do patamar", isto é, de cima, altivo, "muito descansado",
em contraste com a vendedora, "Atira um cobre ignóbil" (hipálage),
integrando deste modo no poema a crítica à desigualdade e injustiça social.
Para além de que é "sem desprezo" (est. XIV) que o poeta
auxilia a "regateira", comungando com ela dum mesmo esforço e
tornando-se como que solidário da sua condição. Aliás, a forte consciência da
injustiça e de opressão parece ser exclusiva do poeta.
No poema alternam-se
as referências concretas a elementos objetivos que compõem o espaço (físico e
social) e a expressão subjetiva do sujeito lírico. Este não se limita a
descrever lugares e personagens. A descrição
é com frequência impressionista
e aos elementos descritos o poeta associa o seu estado psicológico, É o que
acontece na terceira estrofe quando, para além de comentar o que vê, o sujeito
afirma "quase sempre chega / Com as tonturas de uma apoplexia"
ou se mostra "contagiado" pela força interior da rapariga -
"Duma desgraça alegre que me incita". No entanto, é nas
estrofes sete e nove a doze que a presença de um "eu" lírico assume
particular relevo:
"Subitamente
- que visão de artista! - / Se eu transformasse os simples vegetais, / A luz do
sol, o intenso colorista, / Num ser humano que se mova e exista / Cheio de
belas proporções carnais?!" Através da imaginação, o sujeito
transfigura poeticamente a realidade exterior, estabelecendo associações entre
"os simples vegetais" e partes de um corpo humano. Os verbos
utilizados na estrofe nove apontam precisamente para essa reconstrução do real
elaborada mediante a fantasia - "recompunha", "Achava",
"Descobria". A estas formas no Pretérito Imperfeito, sucede-se
o Presente do Indicativo - "São" - estabelecendo-se assim um
percurso entre o ato de imaginar (de recompor a realidade) e a existência real,
presente de um universo, o universo poético que resulta da criação. Universo
que, neste caso, como é comum na poesia de Cesário Verde, assume contornos
plásticos, características pictóricas - são "os tons e as formas",
"as posições" dos frutos e dos vegetais que possibilitam a
associação de idéias na qual consiste esta transfiguração.
Difícil ser funcionário, de João
Cabral de Melo Neto
Difícil ser funcionário
Nesta segunda-feira.
Eu te telefono, Carlos
Pedindo conselho.
Nesta segunda-feira.
Eu te telefono, Carlos
Pedindo conselho.
Não é lá fora o dia
Que me deixa assim,
Cinemas, avenidas,
E outros não-fazeres.
Que me deixa assim,
Cinemas, avenidas,
E outros não-fazeres.
É a dor das coisas,
O luto desta mesa;
É o regimento proibindo
Assovios, versos, flores.
O luto desta mesa;
É o regimento proibindo
Assovios, versos, flores.
Eu nunca suspeitara
Tanta roupa preta;
Tão pouco essas palavras —
Funcionárias, sem amor.
Tanta roupa preta;
Tão pouco essas palavras —
Funcionárias, sem amor.
Carlos, há uma máquina
Que nunca escreve cartas;
Há uma garrafa de tinta
Que nunca bebeu álcool.
Que nunca escreve cartas;
Há uma garrafa de tinta
Que nunca bebeu álcool.
E os arquivos, Carlos,
As caixas de papéis:
Túmulos para todos
Os tamanhos de meu corpo.
As caixas de papéis:
Túmulos para todos
Os tamanhos de meu corpo.
Não me sinto correto
De gravata de cor,
E na cabeça uma moça
Em forma de lembrança
De gravata de cor,
E na cabeça uma moça
Em forma de lembrança
Não encontro a palavra
Que diga a esses móveis.
Se os pudesse encarar...
Fazer seu nojo meu...
Que diga a esses móveis.
Se os pudesse encarar...
Fazer seu nojo meu...
Carlos, dessa náusea
Como colher a flor?
Eu te telefono, Carlos,
Pedindo conselho.
Como colher a flor?
Eu te telefono, Carlos,
Pedindo conselho.
Neste poema, assim
como o primeiro, existe a demarcação do tempo, deambulação, “Nesta
segunda-feira”, porém se difere totalmente no que diz respeito a
pormenorização do cenário, o enquadramento do espaço, com o conseqüente uso de
adjetivos e outras figuras de linguagem. É evidente o rigor do poema no que diz
respeito a sua construção (o poema é formado apenas por quartetos, e embora os
versos não possuam a mesma medida, verifica-se rimas internas e externas,
consoantes, como p. ex. em “funcionário”/“Carlos”
(I est.); “Palavras”/“Funcionárias”(IV est); há também Assonância em “O”, refletindo no poema o efeito sonoro constante, sem exaltações,
como se transparecesse sempre a “a mesma
batida”).
A segunda e a
terceira estrofe há Comparação entre
o lado externo, “Cinemas, Avenidas”; “não-fazeres” e o interno “O luto desta mesa” e “regimento proibindo,
é como comparar a Vida e a Morte. E assim segue a quarta estrofe, com a crítica
a falta de vida, ao escuro “roupa preta”,
e a falta de qualidades humanas.
O poeta segue em sua
descrição crítica ao trabalho, tentado descrever a falta de vida por meio dos
objetos inanimados (Prosopopéias),
como se já incorporados a tudo e a todos: “Maquina
que nunca escreve cartas”; “Garrafa de Tinta que nunca bebeu Alcool”. Na
sexta estrofe, visualiza-se o total clima mórbido, pois o autor compara os arquivos
a túmulos para todos.
Nos versos seguintes
o autor descreve seu descontentamento e desadequação ao lugar inóspito e
mórbido, além do mal estar físico, que o cerca, pois seus pensamentos o conduz
à vida, ao amor, terminando o poema da mesma forma que o iniciou, questionando
o lado positivo ou vivaz de seu trabalho, como em um pergunta retórica.
Considerações Finais
Tanto no Cotidiano
descrito em “Num Bairro Moderno”,
quanto na realidade de “Difícil ser
Funcionário”, é possível verificar a descrição dos espaços e do tempo,
sempre presentes, onde ambos os poetas integram e vivenciam as respectivas
realidades descritas. Há a crítica social a exploração do trabalho, embora de
formas diferentes, bem como a identidade de emoções, pois, tanto Cesário Verde quanto
João Cabral de Melo Neto descrevem mal estar, impressões mórbidas e ironia. No
momento seguinte, também é visível a imagem feminina como representação do
amor, de algo bom em meio a um lugar ruim, bem como, a objetividade por meio da
descrição de um mundo exterior negativo e a subjetividade poética por meio da
transmissão de sensações do mundo interior.
Por outro lato,
ressalta-se que João Cabral de Melo Neto é um autor simétrico, exigente com a
construção do texto e escolha das palavras, enquanto Cesário Verde reflete uma
poesia mais impressionista/expressionista/surreal, embora parta sempre da
descrição do cotidiano, o grande embate para o primeiro autor é justamente a
construção de um poema objetivo em que a escolha é individual (?).
BIBLIOGRAFIA COMENTADA:
-
Cesário Verde: Seleção de Textos, Notas, Estudos Biográfico, Histórico e
Critico. Verde, Cesário, 1855-1886. São Paulo: Abril Cultural, 1982. Desta obra
retiramos informações sobre a vida e a obra do autor com maior grau de detalhes
e a relação com a sociedade e cultura Portuguesa.
- Cesário Verde: A Literartura Portuguesa. Massaud, Moises, 1969. São
Paulo. Cultrix. Dentre o leque de poesias sugeridas, retiramos desta obra o
poema “Num Bairro Moderno” para sustentação e objeto deste trabalho.
- João Cabral De Melo Neto. Barbosa, João Alexandre, 1937. São Paulo:
Publifolha, 2001. Existe um acervo expressivo sobre o autor em questão, porém,
esta obra destacou-se pela riqueza na descrição da vida e obra de João Cabral
de Melo Neto e sua relação com o Brasil, em especial o Nordeste.
Sites:
- João Cabral de Melo Neto.
Perfil Oficial no site da Academia Brasileira de Letras: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=337 Deste site retiramos o trecho
selecionado da obra “Morte e vida Severina". A página é maravilhosa, posto
que nos aproxima do autor descrevendo sua vida, sua participação no mundo
acadêmico, além de outras peculiaridades, como o discurso preparado na ocasião
da morte do poeta. (acessado em 03/05/11)
- Sobre João Cabral de Melo
Neto: http://www.releituras.com/joaocabral_bio.asp
(acessado em 03/05/11)
- Sobre Cesário Verde:
http://www.mundocultural.com.br/index.asp?url=http://www.mundocultural.com.br/literatura1/realismo/verde.htm
(acessado em 03/05/11)
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