sábado, 8 de dezembro de 2012

Razão de Ser

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?


Autor: Paulo Leminski

Poema selecionado para o Sarau de Letras em homenagem aos formandos 2012 (UNICSUL).
Aluno: Wanderson Alves de Jesus

Nenhum comentário:

Postar um comentário